Ameaça Digital: Mais de Metade das PME Portuguesas Vítimas de Ciberataques
Mais de metade das **Pequenas e Médias Empresas (PME) portuguesas** foram alvo de pelo menos um **ciberataque** no último ano, revelam os dados mais recentes do "Hiscox Cyber Readiness Report 2025". Este cenário alarmante, que afeta 54% das empresas nacionais, sublinha a crescente vulnerabilidade do tecido empresarial português face às ameaças digitais, exigindo uma atenção redobrada à **cibersegurança** em 2025 e nos anos seguintes.
O Retrato Preocupante da Cibersegurança em Portugal
O "Hiscox Cyber Readiness Report 2025", amplamente citado por diversas publicações nacionais, indica que 54% das **PME em Portugal** sofreram incidentes de **cibersegurança** nos últimos 12 meses. Este estudo, que avalia a preparação das empresas para enfrentar ameaças digitais a nível global, destaca que Portugal se encontra entre os cinco países europeus mais visados por **ataques cibernéticos** a PME, de acordo com um relatório da Kaspersky que analisou dados entre janeiro e abril de 2025. Apesar de um aumento na confiança e no investimento em ciber-resiliência por parte de 86% das PME, os números dos ataques continuam a ser significativos, com uma média de 16 **ciberataques** por ano para as PME, um valor próximo ao das grandes organizações.
Os Tipos de Ciberataques Mais Comuns
Os **ciberataques** que mais afetam as **PME portuguesas** são variados e cada vez mais sofisticados. Entre os mais reportados, destacam-se:
- **Perda de Dados**: Mais de um terço das PME afetadas registou perda de dados não encriptados, expondo informação sensível de clientes e da própria empresa.
- **Ataques de Negação de Serviço Distribuído (DDoS)**: 41% das empresas foram vítimas de ataques DDoS, que tornam as redes inacessíveis, interrompendo as operações.
- **Fraudes Financeiras**: 40% sofreram perdas financeiras devido a fraudes, como o desvio de pagamentos através de emails fraudulentos.
- **Phishing**: É um dos tipos de ataque mais comuns, afetando 41% das PME, onde os cibercriminosos usam emails fraudulentos para obter informações confidenciais.
- **Ransomware e Malware**: Casos de `ransomware`, que envolvem extorsão ou ameaça de exposição de dados, e `malware` são também frequentes, causando danos significativos aos sistemas.
Impactos e Consequências para as PME
As consequências dos **ciberataques** vão muito além da interrupção imediata dos sistemas, com impactos a longo prazo na viabilidade e imagem das empresas. Entre os efeitos mais relevantes, as **PME** reportam:
- Dificuldade em atrair novos clientes (30% das empresas afetadas).
- Violações de segurança que afetam parceiros e terceiros (30%).
- Aumento dos custos relacionados com a notificação de clientes afetados (29%).
- Redução nos indicadores de desempenho do negócio e danos reputacionais.
- Perdas financeiras diretas e uso indevido de recursos de TI para fins ilícitos.
Estratégias de Prevenção e Reforço da Ciber-Resiliência
Perante este cenário, as **PME portuguesas** estão a demonstrar uma crescente consciencialização. O "Hiscox Cyber Readiness Report 2025" indica que 86% das **PME** nacionais afirmam ter melhorado a sua ciber-resiliência nos últimos 12 meses, com 31% a considerar que a melhoria foi "significativa". Esta evolução é impulsionada por novas exigências regulamentares e pela necessidade de responder a um ambiente digital cada vez mais complexo.
As principais medidas adotadas para reforçar a **cibersegurança** incluem:
- **Formação e Sensibilização**: 90% das organizações investiram em formação adicional para colaboradores em teletrabalho, e 74% atualizaram formações em **cibersegurança**. No entanto, 79% dos empresários portugueses admitem precisar de mais formação para proteger os seus negócios.
- **Investimento em Tecnologia**: 64% das **PME** adquiriram software especializado. Portugal destaca-se na Europa, com 45% das **PME** a planearem aumentar significativamente o orçamento em **cibersegurança** nos próximos 12 meses.
- **Políticas de Segurança**: A atualização de políticas de segurança das TIC é crucial, sendo que em 2022, 41,7% das PME em Portugal já tinham uma política definida ou revista nos últimos dois anos.
Apesar destes esforços, a falta de profissionais qualificados em **cibersegurança** e a perceção de que o investimento é apenas um custo, e não uma prioridade estratégica, continuam a ser desafios.
Conclusão: A Cibersegurança como Pilar Estratégico
Os dados são claros: a **cibersegurança** deixou de ser uma preocupação exclusiva das grandes corporações para se tornar um pilar estratégico indispensável para a sobrevivência e crescimento das **PME portuguesas**. Com mais de metade das empresas a serem alvo de **ciberataques**, é imperativo que as organizações invistam proativamente em formação, tecnologia e processos robustos de segurança. A contínua aposta na **ciber-resiliência** não é apenas uma defesa contra ameaças, mas um fator crítico para a confiança dos clientes, a continuidade do negócio e a reputação da marca no mercado digital.
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