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O emprego qualificado aumentou durante a pandemia

O emprego qualificado aumentou durante a pandemia
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Plataforma Brighter Future da Fundação José Neves disponibiliza dados sobre emprego e qualificações em Portugal
A pandemia reforçou a importância da qualificação na empregabilidade. Com efeito, em 2020 a taxa de empregabilidade dos trabalhadores com ensino superior aumentou 4,1% face ao período homólogo. Isto numa altura em que se verificava uma diminuição de 1% no emprego em Portugal. Este facto não pode estar dissociado de um outro que é muito relevante. Entre 2010 e 2020 registou-se um aumento de 6,5 pontos percentuais no número de trabalhadores nas empresas portuguesas com o ensino superior, que é agora de 22,1%. Não obstante este ser ainda o nível de escolaridade menos representado no universo empresarial. Estas são algumas conclusões do Insight lançado pela Fundação José Neves que aborda a evolução do emprego para diferentes grupos demográficos (sexo, idade e nível de escolaridade) e pode ser consultado através do link https://brighterfuture.joseneves.org/insight/emprego-qualificado-aumentou-em-ano-de-pandemia.

O Insight revela ainda que, entre 2019 e 2020, o emprego diminuiu 4% nos trabalhadores que não concluíram o ensino secundário em comparação com os trabalhadores com o ensino superior, no qual o emprego aumentou na mesma proporção. Fatores como o nível de qualificação e o tipo de setores afetados pela crise pandémica, como a Restauração e o Turismo, justificam este contraste em relação a setores em constante crescimento e que requerem maior nível de qualificação, como a Informação e Informática ou Atividades Financeiras e de Seguros. O Insight aponta ainda o teletrabalho como recurso comum entre os trabalhadores mais qualificados.

Apesar de se verificar uma redução dos trabalhadores com níveis mais baixos de qualificações, em 2020 a percentagem de trabalhadores com o ensino básico situava-se nos 47%, com o ensino secundário nos 31% e superior nos 22%. Seguindo esta lógica, em 2020 verificou-se ainda que a maioria dos trabalhadores com mais de 45 anos têm apenas o ensino básico e que a maioria dos trabalhadores na faixa etária entre os 35 e os 44 anos já terminou o ensino secundário, apesar do ensino básico ser o mais comum. O ensino secundário domina entre os mais jovens (15-24 anos e 25-34 anos).

Há cada vez mais trabalhadores com o ensino superior, sobretudo entre os mais jovens. O maior crescimento verificou-se na faixa etária dos 35 aos 44 anos (variação de 11,1 pontos percentuais entre 2010 e 2020) com a proporção de trabalhadores com ensino superior nesta faixa etária a situar-se, em 2020, nos 28,2%. Este aumento também foi significativo na faixa etária dos 45 aos 54 anos e dos 25 aos 34 anos: variação de 8,6 e 7 pontos percentuais, respetivamente.

Na pandemia, a queda de emprego entre 2019 e 2020 foi mais acentuada entre as mulheres (-1,9%) face aos homens (-0,2%), em parte devido à representação feminina e masculina nos setores mais prejudicados e beneficiados pela pandemia, respetivamente. Os setores de alojamento e restauração, maioritariamente composto por mulheres (57%) foram aqueles com maior redução de emprego em 2020. No mesmo ano, as mulheres estavam em minoria (31%) no setor de Informação e Informática, sendo este o setor de atividade com maior aumento de emprego.

Sobre a temática da qualificação, a Fundação José Neves lançou o “Guia para adultos: como aprender ao longo da vida?”, dirigido a profissionais, empregados ou desempregados, e pessoas à procura de fazer um upskill ou reskill na sua carreira. O documento, que pode ser consultado na íntegra através do link http://joseneves.org/guia-adultos-aprender, revela que os benefícios da educação e da aprendizagem ao longo da vida podem repercutir-se ao nível individual e social, e também em diferentes âmbitos da vida, nomeadamente na empregabilidade, remunerações, família e bem-estar.

Um outro Insight da Fundação José Neves revela como a pandemia reforçou a tendência de crescimento dos grupos profissionais dos ‘Especialistas das atividades intelectuais e científicas’ e ‘Técnicos e profissões de nível intermédio’. Segundo o documento focado na evolução das profissões e disponível em https://brighterfuture.joseneves.org/insight/pandemia-tendencia-de-crescimento-das-profissoes, mais de metade das profissões Brighter Future (56%) registaram um aumento do número de trabalhadores entre 2019 e 2020, apesar da ligeira redução do emprego nacional (1%).

Dados revelam ainda que em 41% das profissões o aumento do emprego em 2020 reforçou a tendência positiva que se verificava nos anos anteriores, com destaque para profissões com uma forte componente tecnológica, como ‘Técnicos em redes, sistemas de computadores e Web’, ‘Analistas e programadores de software e aplicações’, ‘Especialistas em redes informáticas’.

Por sua vez, o emprego diminuiu significativamente em setores de hotelaria, alojamento e comércio, como ‘Empregados de mesa e bar’, ‘Agentes de seguros’, ‘Rececionistas de hotel’, ‘Empregados das agências de viagens’, ‘Ajudantes de cozinha e assistentes na preparação de refeições’.

Sobre as novas profissões, o aumento das competências em áreas tecnológicas e a importância da aprendizagem ao longo da vida, a Fundação José Neves lançou o “Guia para empresas: como apostar na formação dos trabalhadores?”, dirigido a todas as empresas e gestores que queiram acompanhar as mudanças e adaptar-se para não serem ultrapassadas pelos seus concorrentes. O documento, que pode ser consultado na íntegra através do link http://joseneves.org/guia-empresas-formacao, revela estratégias para apostar na formação e qualificação dos trabalhadores de forma a melhorar a produtividade e performance da empresa.

Para apoiar as empresas e os trabalhadores sobre o seu percurso profissional, o portal Brighter Future da FJN é a maior base de conhecimento sobre Educação, Empregabilidade e Competências em Portugal, ao permitir comparar e relacionar informações sobre cerca de 4.500 cursos e formações, mais de 1800 profissões e mais de 1800 competências relevantes.

Disponibiliza informação de qualidade para escolher um futuro baseado em factos / tomar decisões sobre percursos educativos e profissionais de forma consciente e informada, e ainda Insights (informação agregada e sucinta sobre matérias mais relevantes), Guias (documentos para ajudar na tomada de decisões conscientes e Simulador de carreira e baseadas em factos, que impactam as dimensões educativa, profissional e/ou o desenvolvimento pessoal) e um Simulador de carreira (ferramenta que permite dar aos portugueses a informação necessária para identificarem e compararem possíveis caminhos profissionais e os requisitos para darem esse passo.

São parceiros da FJN no portal Brighter Future, o INE, o IEFP, a DGES, as Universidades do Minho e de Aveiro, as tecnológicas Microsoft, Outsystems e Contentful, entre outros.
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