A Escolha do Consumidor,
sistema de avaliação de marcas número um em Portugal, viajou até ao futuro e realizou
um estudo sobre as tendências emergentes que estão a moldar os hábitos de
compra dos portugueses. A análise aborda temas como o papel da Inteligência
Artificial nas decisões de consumo, a valorização da sustentabilidade e a
transformação dos comportamentos associados à economia circular.
A maioria dos consumidores (53%)
pretende consumir menos, mas apenas em algumas categorias,
refletindo uma abordagem seletiva e consciente. 21% diz estar disposto a
reduzir o consumo de forma significativa, demostrando assim uma mudança
mais profunda nos seus hábitos de compra. No entanto, 21% dos participantes não
tem a certeza sobre como será o seu comportamento no futuro e 5% tenciona
manter ou até aumentar o nível de consumo.
A Inteligência Artificial (IA)
começa a desempenhar um papel cada vez mais relevante nos hábitos de consumo
dos consumidores, ou seja, na forma como escolhem produtos e marcas. 25% afirma ter sido influenciado uma ou duas vezes
por recomendações baseadas em IA, enquanto 20% admite que isso já aconteceu
várias vezes. Por outro lado, 27% dos entrevistados não têm a certeza se
foram influenciados, uma característica que evidencia o carácter subtil e
integrado destas tecnologias na experiência de compra, e 28% dos inquiridos
assegura nunca ter sido influenciado por recomendações baseadas em IA.
A utilização da Inteligência
Artificial está também associada à facilitação do processo de compra, com 32%
dos participantes a considerarem que a tecnologia reduz o esforço na pesquisa,
tornando o processo mais simples e eficiente. Já 25% reconhece que a IA ajuda a
descobrir novos produtos relevantes, ampliando as possibilidades de escolha.
Além disso, 19% destaca a personalização e a rapidez que esta oferece, o
que contribui para uma experiência de compra adaptada às preferências
individuais de cada consumidor.
Ainda assim, 14% dos
inquiridos não nota diferença com o uso da Inteligência Artificial e 10% sente
que a tecnologia complica o processo ou não inspira confiança. Estes
resultados refletem uma tendência de crescente aceitação da IA no consumo,
embora persistam reservas ligadas à credibilidade e à perceção de utilidade.
Sustentabilidade e Revolução da
Economia Circular
O compromisso ambiental é um
fator cada vez mais valorizado, porém o preço continua a ser um elemento
crucial na escolha final do consumidor. Mais de metade dos entrevistados
(52%) preferem marcas sustentáveis simplesmente quando o preço é competitivo,
demonstrando uma preocupação equilibrada entre valores éticos e acessibilidade
económica. Para 25% dos portugueses, o compromisso genuíno com
práticas sustentáveis é um aspeto decisivo na escolha de uma marca.
Contudo, 18% mostra-se indiferente a esta questão e 5% declara que este fator
não influencia a sua decisão de compra.
No que diz respeito a comprar
produtos em segunda mão, 43% dos consumidores não têm este hábito.
Apesar de ser uma tendência que ainda não é dominante, uma parte significativa
da população já adere a este tipo de consumo. Entre os que compram em segunda
mão, 24% fazem-no sobretudo na categoria da moda, seguida de tecnologia,
com 17% e brinquedos, com 3%. Por fim, 13% adquire produtos usados de outras
categorias.
Em relação aos sistemas de
devolução e recompra implementados pelas marcas, 14% dos inquiridos já os
utilizaram várias vezes e 20% uma ou duas vezes, o que revela sinais de
crescimento. Uma percentagem mais pequena dos entrevistados (29%) conhece
este tipo de sistemas, mas nunca os utilizou e 30% não os conhece, indicando
uma necessidade de maior divulgação e sensibilização por parte das marcas.
Apenas 7% diz não ter
interesse nestas iniciativas, sugerindo que, embora a adoção prática ainda
seja reduzida, existe um elevado potencial para a expansão destas práticas à
medida que a sensibilização dos consumidores para o consumo sustentável aumenta.



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