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Dia de São Valentim: 21% dos portugueses já foram ou suspeitam ter sido vítimas de “stalking” digital

Dia de São Valentim: 21% dos portugueses já foram ou suspeitam ter sido vítimas de “stalking” digital
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 21% dos portugueses já foram ou suspeitam ter sido vítimas de “stalking” digital

Um novo estudo, encomendado pela Kaspersky e que abrangeu a 21000 pessoas em todo o mundo, revela dados chocantes sobre a extensão do abuso digital. Em Portugal, onde foram inquiridas 1000 pessoas, os números são alarmantes.

· 26% dos inquiridos portugueses consideram aceitável pesquisar no Google/verificar as contas das redes sociais de uma pessoa com quem começaram a namorar e mais de um terço (39%) admitiram tê-lo feito quando iniciou uma relação.

· 14% dos utilizadores portugueses que participaram no estudo sofreram alguma forma de perseguição online por parte de uma pessoa com quem iniciaram uma relação recente

· Mais de 80% dos inquiridos em Portugal estão dispostos a partilhar passwords que possam permitir o acesso à sua localização
Neste Dia de São Valentim, a Kaspersky revela as conclusões de um estudo à escala global, que se baseou em entrevistas a 21 mil pessoas em 21 países de todo o mundo, Portugal incluído, e que mostra que os relacionamentos online apresentam fragilidades.

No nosso país, 14% dos inquiridos portugueses afirmam ter sofrido alguma forma de perseguição online por parte da pessoa com quem iniciaram uma relação recente. Além disso, os dados mostram que as pessoas continuam vulneráveis ao aumento alarmante do fenómeno do stalking digital, devido aos riscos colocados pelas definições de localização, pela privacidade dos dados e, de um modo mais geral, pela partilha excessiva.

Os tipos de abuso são variados, sendo que mais de um quarto (26%) dos inquiridos portugueses relataram alguma forma de violência ou abuso digital por parte de um parceiro atual ou anterior. Destes, 11% receberam e-mails ou mensagens indesejadas e, talvez o mais preocupante, 6% foram filmados ou fotografados sem o seu consentimento. Outros 5% admitiram que a sua localização foi rastreada, 10% que as suas contas nas redes sociais ou os seus e-mails foram pirateados e, o que é preocupante, 3% tiveram stalkerware instalado nos seus dispositivos sem o seu consentimento.

Proporcionalmente, mais mulheres inquiridas sofreram alguma forma de violência ou abuso do que homens (36% contra 23%). É preocupante o facto de mais pessoas que namoram atualmente terem sofrido violência ou abuso do que as que têm uma relação mais duradoura (29% contra 25%).

Algo que ficou patente nas respostas dos portugueses é que existe uma preocupação crescente com o assédio ou a perseguição digital. De facto, 40% dos inquiridos afirmaram estar preocupados com a possibilidade de serem vítimas de stalking virtual, estando as mulheres um pouco mais preocupadas com essa possibilidade do que os homens (44% das mulheres em comparação com 35% dos homens).

A situação também difere a nível mundial, com mais pessoas a sofrerem alguma forma de assédio online a serem oriundas de partes da América do Sul e Central e da Ásia - 42% dos inquiridos na Índia relataram alguma forma de perseguição digital, tal como 38% no México e 36% na Argentina.

"A Internet das coisas, ou mundo conectado, é maravilhoso e oferece uma miríade de possibilidades. Mas, com as oportunidades vêm as ameaças e uma dessas ameaças de um mundo ligado é a facilidade de acesso a dados rastreáveis que nos deixa vulneráveis a abusos", refere David Emm, Investigador Principal de Segurança da Kaspersky.

Segundo este mesmo responsável, "embora a culpa por estes comportamentos horríveis nunca recaia sobre as vítimas de perseguição, infelizmente ainda há um fardo sobre elas para tomarem medidas que minimizem os riscos. Penso que é ótimo que as pessoas estejam cada vez mais a verificar identidades online, mas encorajaria todos a parar e a fazer uma verificação rápida de qualquer informação, password ou dados que partilhem, e para pensarem em como essa informação poderia ser usada em mãos nefastas".

Neste Dia de São Valentim, a Kaspersky oferece aos utilizadores algumas dicas sobre como podem manter-se seguros enquanto se relacionam no mundo digital.

· Guarde as suas passwords para si próprio e certifique-se de que são complexas e únicas

· Se parece demasiado bom para ser verdade, é porque pode ser mesmo - em caso de dúvida, verifique!

· Reserve um momento para cuidar da sua própria privacidade digital

· Pense antes de partilhar - a Internet tem uma memória longa e partilhar demasiado, demasiado cedo, pode deixá-lo vulnerável

· Criar um "plano de segurança" se a sua relação amorosa passar do mundo digital para o mundo real

· Considere a possibilidade de utilizar uma solução abrangente de cibersegurança ou VPN para se proteger

Para mais detalhes, por favor visite o nosso guia de encontros seguros ou para mais formas de se manter seguro contra o Stalkerware, por favor visite este site.

A Kaspersky trabalha com especialistas e organizações no campo da violência doméstica, desde serviços de apoio às vítimas e programas para agressores até à investigação e agências governamentais, para partilhar conhecimentos e apoiar profissionais e vítimas. A Kaspersky é uma das cofundadoras da Coalition Against Stalkerware, um grupo internacional dedicado a combater o stalkerware e a violência doméstica. Desde 2021, a Kaspersky tem sido um parceiro de consórcio do projeto da UE DeStalk, cofinanciado pelo Programa Direitos, Igualdade e Cidadania da União Europeia. A Kaspersky também lançou e mantém o TinyCheck, uma ferramenta gratuita, segura e fácil de usar para verificar se há stalkerware e aplicações de monitorização nos dispositivos dos utilizadores.

Detalhes do estudo

A Arlington Research, em nome da Kaspersky, conduziu 21.000 entrevistas online, 1.000 em cada um dos seguintes países: Reino Unido, Alemanha, Espanha, Sérvia, Portugal, Países Baixos, Itália, França e Grécia, EUA, Brasil, Argentina, Chile, Peru, Colômbia e México, Ásia-Pacífico: China, Singapura, Rússia, Índia e Malásia.

Os inquiridos tinham idade igual ou superior a 16 anos. Todos se encontravam numa relação duradoura (62% da amostra), namoravam com alguém (16%) ou não namoravam nem mantinham uma relação, mas já o tinham feito no passado (21%).

O trabalho de campo decorreu entre 3 e 17 de janeiro de 2024.
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