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Serviços públicos obrigados a acelerar modernização em 2024

Serviços públicos obrigados a acelerar modernização em 2024
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Serviços públicos obrigados a acelerar modernização em 2024
Os mais recentes movimentos geopolíticos, a pressão sociopolítica e o próprio ritmo evolutivo do setor, levaram a União Europeia a acelerar o desenvolvimento de fontes de energia alternativas e a integração das energias renováveis enquanto principal fonte de energia na rede. O que há algum tempo estava previsto para um período de 30 anos, passou a ter de ser feito em 10 anos, no máximo.

De acordo com um relatório da Smart Energy Europe, só será possível cumprir o objetivo de redução de 55% das emissões de gases com efeito de estufa da UE se a flexibilidade do lado da procura for implementada em grande escala. Isto é especialmente verdade porque se prevê que a procura de energia aumente substancialmente, criando paralelamente a necessidade de mais subestações e de uma melhor estabilidade da rede.
No meio destes desafios, o setor dos serviços públicos enfrenta oportunidades e desenvolvimentos significativos em 2024. A Eaton, empresa líder na gestão de energia, destaca os mais importantes:

I. Desafios no time-to-market: complexidade e dinâmica da cadeia de abastecimento

Um desafio crítico que o sector dos serviços públicos enfrenta é a necessidade premente de acelerar o time-to-market. O sector debate-se com a complexidade da gestão da cadeia de abastecimento, incluindo a necessidade de identificar fornecedores, de aumentar a produção para satisfazer a procura crescente e de se adaptar aos novos requisitos das subestações. Além disso, a evolução da arquitetura do sector exige uma maior automatização e digitalização para melhorar a eficiência operacional global e a taxa de execução dos projetos. Prevê-se que esta situação tenha um impacto a longo prazo na transição energética e que venha a dificultar o processo. Prevê-se que a utilização de ativos flexíveis já existentes e a implementação mais rápida de subestações inteligentes possam ajudar a resolver o problema.

II. Panorama regulamentar

As eminentes alterações na regulamentação, previstas para 2024, estão a moldar o sector dos serviços públicos. Tradicionalmente caracterizado pelo conservadorismo e por longos processos de planeamento, o sector vê-se agora confrontado com a tão esperada proibição da utilização de SF6 nos comutadores, que está a conduzir a uma mudança de mentalidade e à criação de estratégias que têm por base a criação de infraestruturas preparadas para o futuro.

III. Integração das energias renováveis

O contexto geopolítico, em particular a guerra na Ucrânia, levou a União Europeia (UE) a diversificar o seu aprovisionamento energético e a afastar-se do petróleo e do gás russos, o que resultou em esforços renovados para expandir a produção de energia renovável.
A integração de ativos flexíveis, como carregadores elétricos para automóveis, armazenamento de energia ou bombas de calor, deverá resultar num menor custo total de propriedade (TCO) da infraestrutura da rede.

IV. Responsabilidade empresarial: navegar o impacto das alterações climáticas

O sector dos serviços públicos reconhece cada vez mais a sua responsabilidade pelo impacto das alterações climáticas. De facto, a redução das emissões de gases com efeito de estufa não é apenas um requisito legal, mas também uma obrigação moral e uma questão de interesse próprio. Este sentido de responsabilidade alinha-se com as tendências mais amplas do sector, uma vez que as empresas estão a integrar considerações de sustentabilidade nos seus processos de tomada de decisão.

Em 2023, na sequência da guerra na Ucrânia, os avanços em matéria de sustentabilidade no sector dos serviços públicos centraram-se na utilização de energias renováveis para reduzir a dependência da Europa em relação aos combustíveis fósseis. Paralelamente, a estratégia net zero da UE tem também como objetivo atingir a neutralidade climática até 2050, o que implica a redução a zero das emissões líquidas de gases com efeito de estufa. Esta iniciativa faz parte integrante do Pacto Ecológico Europeu, um projeto de transição para uma economia e uma sociedade sustentáveis e respeitadoras do ambiente. Os principais componentes da estratégia incluem a obtenção de toda a eletricidade a partir de fontes limpas, a proibição da produção de novos automóveis a gasolina e a gasóleo, a implementação de bombas de calor e a adoção de tecnologias de captura de carbono, etc. No entanto, ainda há margem para progressos, nomeadamente no que se refere à realização dos investimentos necessários e ao incentivo às empresas de serviços públicos para que assumam um papel mais pró-ativo.

V. Distribuição descentralizada de energia elétrica: adoção de capacidades bidirecionais
O modelo descentralizado de distribuição de energia está a ganhar terreno, sublinhando a importância crescente das capacidades bidirecionais, transformando os consumidores em prosumidores. Esta abordagem, que faz parte integrante da estratégia de descentralização, dará ao sector uma maior flexibilidade e adaptabilidade na navegação no dinâmico panorama energético.

Em conclusão, o sector dos serviços públicos e das energias renováveis encontra-se numa encruzilhada crítica, na medida em que procura gerir a dinâmica acelerada do mercado, aproveitar novas oportunidades e adaptar-se ao panorama regulamentar em evolução. 2023 marcou um momento importante para o sector dos serviços públicos, caracterizado pela integração maciça das energias renováveis na rede. A capacidade da indústria para moldar um futuro sustentável e resiliente dependerá da sua capacidade de responder proactivamente às mudanças no panorama energético.

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