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Setores da economia real continuam a oferecer melhores salários e mais oportunidades de emprego

Setores da economia real continuam a oferecer melhores salários e mais oportunidades de emprego
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Setores da economia real continuam a oferecer melhores salários e mais oportunidades de emprego

Os setores tradicionais como a construção, a saúde e a logística, continuam a ter a maior procura por profissionais e os salários mais bem pagos em Portugal, apesar do avanço da Inteligência Artificial (IA) e da automação. De acordo com o estudo “Tendências Salariais 2025” da Randstad Research, a transformação digital coexiste com uma forte necessidade de profissionais em áreas essenciais da economia real, contrariando a ideia de que a tecnologia elimina de forma linear postos de trabalho.

A IA e a automação estão a transformar sobretudo funções administrativas e repetitivas, mas ao mesmo tempo estão a impulsionar a criação de novos perfis altamente qualificados, desde especialistas em Big Data até engenheiros de energias renováveis. Em Portugal, este movimento traduz-se numa dupla dinâmica: o crescimento das funções emergentes ligadas à tecnologia e a valorização crescente de perfis críticos para setores estruturantes da economia.

O estudo da Randstad Research permite cruzar a realidade portuguesa com as principais tendências globais do mercado de trabalho, oferecendo uma visão quantitativa e objetiva útil não só para as empresas, que precisam de definir políticas salariais competitivas e estratégias de retenção, como também para os profissionais, que querem compreender melhor o valor da sua função e antecipar tendências na sua carreira.

A metodologia do estudo combina dados internos da Randstad Research (processos de recrutamento e consultoria de RH) com estatísticas oficiais do INE, bem como referências internacionais como o Future of Jobs Report 2025 do World Economic Forum (WEF) e o Workmonitor 2025 da Randstad.

A grande mais-valia deste estudo é traduzir a realidade salarial em Portugal de forma objetiva e comparável entre setores. Ao combinar dados internos e externos, conseguimos oferecer às empresas uma ferramenta estratégica para ajustar políticas de remuneração e identificar áreas críticas de escassez de talento. Para os profissionais, é também uma oportunidade para compreender onde estão as maiores oportunidades de progressão e em que competências devem investir para aumentar a sua empregabilidade”, refere Isabel Roseiro, Diretora de Marketing da Randstad Portugal.      

  

Tecnologias de Informação continuam a ser o setor que melhor paga e onde há mais procura de talento

Para este estudo a Randstad Research utilizou uma metodologia exclusiva, que cruza dados internos e externos para garantir uma leitura fiável da realidade do mercado português. As tabelas salariais resultam de um cálculo próprio baseado na análise atual da situação económica e laboral em Portugal, permitindo identificar intervalos salariais realistas por setor e função. Para além da dimensão salarial, o estudo mede também a evolução da procura de funções, através de uma escala de variação que classifica a maior ou menor procura em diferentes níveis de magnitude, facilitando a identificação de padrões e tendências ao longo do tempo.

De acordo com a metodologia aplicada, o estudo permite concluir:

  • O setor das Tecnologias de Informação continua a ser o mais competitivo em termos salariais, com intervalos que podem chegar aos 55.000€/ano, refletindo a escassez de perfis altamente especializados (IA, cloud, cibersegurança, data engineering). É também uma das áreas com maior pressão de recrutamento.
  • As profissões relacionadas com Marketing e Vendas mostram uma grande amplitude salarial, desde valores de entrada mais baixos até salários elevados em posições de direção. É uma das áreas com maior dinâmica de crescimento, muito impulsionada pela digitalização do comércio e pela procura de perfis orientados para resultados.
  • Engenharia e Indústria mantêm-se como um setor sólido: salários médios competitivos e procura elevada por gestores/as de projeto e engenheiros/as de produção, sobretudo ligados à construção e à modernização industrial.
  • Life Sciences & Healthcare estão entre os setores mais valorizados, com salários que podem ultrapassar os 45.000€/ano, revelando a pressão estrutural sobre o sistema de saúde e a necessidade contínua de profissionais qualificados.
  • As áreas de Finanças, Recursos Humanos e Jurídica apresentam salários mais modestos comparativamente a outros setores (máximo em torno dos 32.000€/ano), refletindo maior oferta de profissionais e uma procura concentrada em funções administrativas e de suporte.
  • Na Banca e Seguros os salários são estáveis mas menos competitivos face a TI e Saúde, com destaque para funções regulatórias (compliance) e de análise de risco.

“A leitura transversal dos dados confirma que as melhores oportunidades de carreira e de progressão salarial concentram-se nas TI e Life Sciences & Healthcare, enquanto as áreas administrativas e de suporte surgem como as mais pressionadas pela automação”, resume Isabel Roseiro.

 

A IA não vai acabar com os nossos trabalhos, mas sim mudar a sua natureza

As funções mais ameaçadas pela automação e ferramentas de IA são sobretudo tarefas administrativas e repetitivas (escriturários, secretários, operadores de caixa, serviços postais e entrada de dados). Em contrapartida, a tecnologia está a impulsionar novas funções em Big Data, fintech, IA, engenharia de software, energias renováveis e design digital.

No caso de Portugal, o estudo mostra que a procura crescente por especialistas em IA e machine learning coexiste com aumento da procura em áreas “clássicas” como saúde, construção e logística. Isto sugere que a tecnologia não elimina necessariamente empregos no imediato, mas está a alterar o perfil de competências exigidas.

A automação e a inteligência artificial não significam o fim do trabalho, mas uma mudança profunda na sua natureza. Para as empresas, o desafio é antecipar essas mudanças, identificar as funções em risco e preparar os seus quadros para novas áreas de crescimento. Para os profissionais, é cada vez mais importante investir em competências digitais, porque são essas que vão garantir a sua relevância no futuro do trabalho”, acrescenta a Diretora de Marketing da Randstad Portugal.

Para mais informações, consulte o site  https://www.randstad.pt/randstad-research/. 

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