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Emprego jovem - Soft skills mais valorizadas pelos empregadores

Emprego jovem - Soft skills mais valorizadas pelos empregadores
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Estágios profissionais são uma porta de entrada estratégica para o mercado de trabalho
Emprego jovem - Soft skills mais valorizadas pelos empregadores
A Adecco Portugal, em conjunto com a Forum Estudante e o Consórcio Maior Empregabilidade reuniram em webinar 300 jovens para responder à questão: ‘Estágios profissionais: porta aberta para o mercado de trabalho?’ A resposta dos especialistas é um redondo SIM, mas há que estar alerta às competências mais valorizadas pelos empregadores. A Adecco Portugal, que tem uma taxa de retenção próxima de 90% dos estagiários que acolhe anualmente, garante que as soft skills que já eram tendência na era pré-pandemia, são hoje ainda mais valorizadas. E dá pistas essenciais para que os jovens saibam aproveitar um estágio e possam chegar ao fim desse período com um convite para integrar uma organização.

Com uma taxa de desemprego de 22,6% em 2020, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), os jovens dos 15 aos 24 anos são o grupo mais afetado por este flagelo. O cenário, agravado pela pandemia, desafia a sociedade, e as empresas em particular, a criar estratégias alternativas para integrar esta faixa etária no mercado de trabalho e torná-los aptos para os desafios futuros

É um desafio que o Grupo Adecco abraçou com particular destaque com o Programa internacional ‘CEO for One Month’, que proporciona uma experiência enriquecedora aos recém-formados, com licenciatura ou mestrado em áreas diversas, que procuram o primeiro contacto com o mercado de trabalho.

Na sua essência, o objetivo é proporcionar aos jovens a possibilidade de desenvolver e experienciar o seu potencial de liderança, de aprender o que é preciso fazer para ser bem-sucedido como líder de negócios e de adquirir competências e experiências necessárias para iniciar uma carreira de liderança. Com inscrições abertas até 16 de abril em www.adeccogroup.com/ceoforonemonth, o vencedor terá a oportunidade de trabalhar diretamente com a CEO da Adecco Portugal, Carla Rebelo, durante 4 semanas. Numa fase posterior, durante a qual participarão num Bootcamp internacional uma seleção do TOP10 dos vencedores de todos os países, apenas um será escolhido para acompanhar durante o mesmo período o CEO Global do Grupo Adecco, Alain Dehaze.

Fátima Costa, Diretora de Outsourcing da Adecco Portugal, revela que os contornos deste estágio são únicos, “pois permitem um conhecimento holístico da empresa, um acesso precoce do estagiário a decisões estratégicas da gestão de topo, mas também às questões mais operacionais, possibilitando muitas vezes que o jovem possa decidir sobre as áreas que mais gosta, a partir do momento em que tem acesso ao conhecimento que não é apenas dos livros.”

Mas se este é um estágio especial, ou excecional, os estágios comuns, mais focados em áreas de negócio específicas são uma real porta de entrada para o mercado de trabalho. Também aqui a pandemia teve impacto, “mas mais no sentido de intensificar as competências que já se desenhavam como tendência nos últimos anos”, diz Fátima Costa. “Assim se a entrada de um jovem no mercado de trabalho é sempre uma altura desafiante, no contexto de pandemia, o desafio é superlativo: o que nós temos como certo é a incerteza. Tudo o que tínhamos como seguro em experiências anteriores e referências ou como forecast se alterou. Mas todos os desafios representam oportunidades”.

Face a este contexto, são as soft skills que emergem como diferenciadoras na hora do primeiro contacto dos jovens com o mercado de trabalho: a atitude, a empatia, a flexibilidade e capacidade adaptação e o pensamento crítico são as características mais valorizadas pelos empregadores de acordo com a responsável de Outsourcing da Adecco Portugal.

O QUE AS EMPRESAS MAIS VALORIZAM NOS JOVENS?

#1 Atitude – A atitude com positivismo. Podemos abordar uma questão como um problema ou um desafio: o problema tende a desgastar, o desafio tende a ser interessante de perceber e ultrapassar. Um desafio abordado com coragem e ambição para ser ultrapassado é uma atitude diferenciadora que as entidades valorizam muito. A questão do desafio é individual e interior, não é da empresa ou de fatores externos.

#2 Empatia – Boa capacidade de relacionamento, de ter uma escuta ativa, perceber o que está do lado do outro e depois conseguir comunicar, interagir, negociar. E necessário ter capacidade de negociação para colocar as ideias em prática. Estes perfis têm um potencial de banda larga, pois podem ser integrados em equipas em qualquer área.

#3 Flexibilidade e capacidade de adaptação – Sempre foram competências valorizadas, mas nesta fase mais ainda. Numa altura em que as equipas tendem a ser mais pequenas e as empresas têm necessidade de alocar recursos, um perfil flexível, que não resiste à mudança, com mente aberta para abraçar funções destaca-se perante quem contrata.

#4 Pensamento crítico e fora da ‘caixa’ – Não dar como adquirido o que está como instituído e questionar é uma forma de incentivar a inovação, mas que só tem impacto desde que venha acompanhado de resiliência: sempre que estamos perante uma mudança, estamos perante obstáculos e o ser humano que, por natureza, não gosta de fazer mudança. Portanto se temos pensamento crítico, se não formos resilientes não vamos conseguir implementar as nossas ideias e melhorar os processos das nossas empresas.

PISTAS PARA OS JOVENS CANDIDATOS AO MERCADO DE TRABALHO

#1 Emergência de reskilling – Para as pessoas que estão já a trabalhar é emergente, mas para quem entra agora no mercado de trabalho é muito importante estar consciente de que tem que manter a capacidade de aprendizagem, tem que continuar a fazer upskilling (otimização de competências) e reskilling (reajustamento de competências).

#2 Sexiness – É da responsabilidade de cada um de nós tornarmo-nos atrativos para uma empresa, mantendo-nos curiosos e atuais.

#3 A importância das relações completas – A digitalização pode prejudicar as relações duradouras e mais profundas, o que leva ao isolamento sobretudo de perfis com menos capacidade comunicação. Cabe à liderança preencher este espaço, nomeadamente telefonar, auscultar dificuldades e lutar pelo bem-estar de todos. Mas também cabe ao indivíduo responder a este desafio.
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