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4,6 M€ PARA PROJETO DE CIBERSEGURANÇA COM PARTICIPAÇÃO DA UNIVERSIDADE DO MINHO

4,6 M€ PARA PROJETO DE CIBERSEGURANÇA COM PARTICIPAÇÃO DA UNIVERSIDADE DO MINHO
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 4,6 M€ PARA PROJETO DE CIBERSEGURANÇA COM  PARTICIPAÇÃO DA UNIVERSIDADE DO MINHO

 Projeto financiado pelo Horizonte Europa pretende inovar na segurança de dispositivos  e aplicativos de IoT  

  

Calcula-se que existam atualmente cerca de 25 mil milhões de dispositivos ligados à  Internet. Situando-se a população mundial estimada em cerca de 7,62 mil milhões de  pessoas, cada ser humano terá uma média de três dispositivos ligados à rede. É a Internet  das Coisas (IoT – Internet of Things) a colocar desafios acrescidos à cibersegurança. Numa  altura em que os ataques informáticos são frequentes e quando em causa chega a estar  a segurança dos Estados, o Horizonte Europa está a financiar em 4,6 Milhões de Euros  (M€) o projeto CROSSCON - Cross-platform Open Security Stack for Connected Devices,  no qual o Centro ALGORITMI, da Universidade do Minho, terá um papel essencial,  podendo captar até 577,2 mil euros.  

O projeto tem vindo a ser apoiado pela Agência Nacional de Inovação (ANI), na sequência  da sua candidatura ao Horizonte Europa, programa que é acompanhado pela ANI no  âmbito da rede PERIN

Atualmente, a IoT está presente em soluções de domótica, em dispositivos wearables (como smartwatches), aplicações de smart cities (parqueamento inteligente,  monitorização do meio ambiente, controlo de tráfego e de rede de transportes, entre  outras), na indústria 4.0, na monitorização remota de serviços de saúde, e em várias  outras aplicações. 

A IoT apresenta vários desafios ao nível da segurança, desde ataques cibernéticos a  dispositivos inteligentes como à própria infraestrutura de rede, condicionando o  funcionamento dos aplicativos e colocando dados sensíveis à mercê de terceiros. “Se  considerarmos ainda que os dispositivos eletrónicos, devido ao fim específico para o qual  foram desenhados, apresentam uma heterogeneidade de configurações de hardware,  vemos que é necessária a coexistência de diversas tecnologias e funcionalidades de  segurança totalmente distintas entre si e com diferentes requisitos de criticidade.  Consequentemente, o processo tecnológico envolvido no desenvolvimento de  abordagens e mecanismos de segurança que visam a proteção destes dispositivos torna se um desafio ainda maior”, explica Sandro Pinto, o investigador principal responsável da equipa de investigação, da qual fazem ainda parte Tiago Gomes, João Luís Monteiro, e  David Cerdeira, todos membros integrados do Centro ALGORITMI da Universidade do  Minho.  


Centro ALGORITMI lidera componente de software  

O projeto europeu CROSSCON pretende mitigar os problemas de segurança atuais  associados à necessidade de existirem dispositivos totalmente distintos entre si ligados à  Internet. Trata-se de uma solução denominada de security stack (camada de segurança,  em português), a qual será capaz de providenciar diferentes níveis de segurança aos  dispositivos ligados, tais como impedir o acesso externo a informação sensível, permitir  ligação segura e controlada dos dispositivos, providenciar mecanismos de autenticação  multi-fator e atualizações remotas autorizadas e seguras. “Esta solução deve ser  transversal a qualquer dispositivo existente e deve ser suportada por diferentes  arquiteturas de computador embebidas, bem como respetivas soluções de software”,  acrescenta o investigador Tiago Gomes. 

Liderado pela ATOS (Espanha), líder internacional em transformação digital, com 111 mil  colaboradores, e com validação científica da Universidade de Trento (Itália), o consórcio  europeu envolve ainda cinco PME de países como Espanha, Hungria, Eslovénia, Polónia e  Suíça e as universidades do Minho e de Darmstradt e Wurzburg (Alemanha). 

O Centro ALGORITMI vai liderar o pacote 3 do projeto, que arrancou em novembro do  ano passado. “O grupo de sistemas embebidos (ESRG) tem um papel fundamental no  desenvolvimento do projeto, nomeadamente no desenvolvimento de toda a  componente de software da CROSSCON security stack”, explica Sandro Pinto. Será essa a  parte do projeto que caberá ao Centro ALGORITMI. 

Com duração de 36 meses, não será necessário esperar pelo fim do projeto para a sua  entrada no mercado. Como adianta o investigador, “durante a execução do projeto, e à  medida que os artefactos comecem a surgir, é expectável que a sua utilização possa ser  imediata. Isto vai permitir que os utilizadores possam ir avaliando a CROSSCON stack já  durante o seu desenvolvimento. Não só se consegue uma adoção precoce, como também  se consegue ter um constante feedback sobre os potenciais problemas ou dificuldades  na utilização da solução”. 


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