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Futuro das empresas está na sinergia entre Pessoas e Tecnologia

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 Conferência “Futuro do Crescimento” 

Futuro das empresas está na sinergia entre Pessoas e Tecnologia 

Iniciativa, promovida pela Porto Business School, em parceria com a CIP, antecipou tendências e inovações empresariais como o ChatGPT e o 5G 

A Porto Business School recebeu, nesta segunda-feira, dia 13 de março, a conferência “Futuro do Crescimento”, em parceria com a CIP – Confederação  Empresarial de Portugal. Nesta edição da iniciativa, foram debatidas, em  conjunto, as três dimensões que contribuem para suportar o crescimento das  empresas nacionais: as Pessoas, a Tecnologia e a Economia. O crescimento é  um dos principais desafios que Portugal enfrenta há décadas, pelo que a  conferência contou com a visão de alguns dos principais executivos nacionais,  como, por exemplo, Isabel Barros (SONAE MC), Manuela Vaz Soares  (Accenture) e Manuela Tavares de Sousa (Imperial), entre outros. 

As questões que abriram a sessão “Futuro do Crescimento” incidiram sobre as  Pessoas e se estas poderão mudar ou ser mudadas. Pedro Duarte, diretor de  Corporate, External & Legal Affairs da Microsoft, alertou que “o crescimento  tecnológico – computacional, dados e algoritmos – está associado a uma  velocidade exponencial capaz de provocar um fosso entre a tecnologia e as  pessoas”. A intervenção abordou, também, pilares como a ética, segurança e  privacidade; a desigualdade nos rendimentos; e a transformação do trabalho,  associados à nova era da Inteligência Artificial, que conta com o ChatGPT para  mudar o mundo, à semelhança da invenção da Internet. Pedro Duarte  identificou, ainda, a “flexibilidade cognitiva, a inteligência relacional e o growth  mindset” como os três pilares desbloqueadores do envolvimento das pessoas  no crescimento.  

Francisco Miranda Rodrigues, Bastonário da Ordem dos Psicólogos, sublinhou que “a grande riqueza dos recursos humanos deve ser gerida de forma mais  estratégica a partir das lideranças e das competências em falta, começando no  topo da pirâmide”. Para Isabel Barros, administradora executiva da Sonae MC,  a palavra-chave é “combinação”, sendo que as pessoas atuais são os ativos  mais importantes e as lideranças precisam de ser suportadas. “Não temos de  competir com a tecnologia, mas sim juntarmo-nos a esta e não deixar ninguém  para trás”, referiu a responsável, acrescentando, ainda, que o processo de reskill e upskill deve ser planeado a cinco anos a par da curiosidade e da  aprendizagem, que devem ser cultivadas ao longo da vida, das carreiras e do  contexto empresarial. 

Por fim, Rui Teixeira, country manager da Manpower em Portugal, referiu que o mundo mudou a uma velocidade “estonteante”: “Acreditamos que a tecnologia está ao serviço do talento e não da sua extinção. A quantidade de informação  que temos está ao alcance de todos, quer do ponto de vista de gestão quer no desenvolvimento de competências”. O gestor defendeu o recurso ao talento 

inhouse e a preparação do mesmo para os novos desafios por via da  identificação antecipada das competências certas no plano de desenvolvimento.  

Poderá a tecnologia mudar os negócios ou a forma como vivemos? “O cérebro (neurociência), a tecnologia e a humanidade formam a tríade do  futuro do crescimento”. Este foi o mote com que Ana Alves, co-fundadora da  Follow Trend, inaugurou o segundo painel, intitulado “A Tecnologia vai mudar  os negócios ou mudar a forma como vivemos?”. De seguida, Manuela Vaz  Soares, managing director da Accenture, destacou a personalização como um  bom exemplo de capacidade da Inteligência Artificial. Por outro lado, reconheceu que “apesar de a tecnologia do algoritmo já ter dado enormes  passos, ainda há um caminho muito grande a percorrer nas cadeias de  abastecimento”. O caminho deverá, assim, passar pelo “ímpeto da  transformação, assente em reinventors e transformers para fortalecer a  arquitetura do ecossistema tecnológico, desde o Block Chain, o Machine  Learning e o Metaverso até ao Quantum Computing e o 5G”. Manuela Vaz  Soares alertou novamente para a escassez de talento e a necessidade de criar  recursos inhouse com o up e reskilling. 

Pedro Amorim, docente de Logística e Gestão da Cadeia de Abastecimento da  Porto Business School, partilhou da opinião da managing director da Accenture  sobre a necessidade da aposta no Quantum Computing e nos Analytics. Paralelamente, elogiou a melhoria algorítmica para o desenvolvimento do  entendimento dos clientes e da jornada do consumidor. O docente alertou para  a falta de hard skills nas organizações para dominar tecnologias como  programação Python e projetou que, no futuro, “devemos ter 90% de pessoas  da nossa organização a entender estes temas. A formação é chave em toda a  cadeia organizacional”. 

Já João Ricardo Moreira, Centre for Business Transformation director da NOS,  alertou para o risco de negação da ciência, sendo o elemento humano e a  experiência tradicional as maiores barreiras. Sublinhou a importância do 5G e  da realidade virtual no processamento de informação em tempo real para  tomada de decisões e na aplicação de maior rapidez na escala da tecnologia, dando como exemplo os 100 milhões de utilizadores do ChatGPT. A  “produtização” e a cloud foram também apontadas pelo responsável como  fundamentais para a transformação das organizações. 

Quais são os principais desafios da economia nacional? O último painel da conferência, dedicado aos desafios da economia, iniciou-se  com a intervenção de Helena Gouveia, analista internacional, que defendeu  que “Portugal deve criar condições para a inovação.” Apontou, contudo, como  principais problemas da economia nacional a desigualdade na distribuição de  rendimento e a fuga de talento, sendo relevante o melhor aproveitamento do  Plano de Recuperação e Resiliência. 

Manuela Tavares de Sousa, presidente do Conselho de Administração da  Imperial, abordou o posicionamento das empresas no contexto da inflação e da concorrência internacional, tendo apontado três questões essenciais: “a 

disponibilidade de recursos (mão de obra e energia), as condições de  financiamento e os custos de contexto (tributação e complexidade  regulamentar administrativa)”. A gestora reconheceu, ainda, a problemática dos  recursos humanos, escassa ao nível técnico, tendo defendido um modelo de  gestão assente na “flexi-segurança” laboral. 

Por fim, José Pina, CEO da Altri, descreveu uma “realidade empresarial muito  fragmentada e pouco voltada para as oportunidades do mercado externo”. Para  o gestor, o aumento sistemático dos custos produtivos tem vindo a dificultar a  competitividade nesse aspeto. 


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