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Alemanha acaba de banir a nova política de privacidade do WhatsApp, e UE pode ser a próxima

Alemanha acaba de banir a nova política de privacidade do WhatsApp, e UE pode ser a próxima
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Facebook não pode processar dados pessoais do WhatsApp para seus próprios propósitos na Alemanha 
Alemanha acaba de banir a nova política de privacidade do WhatsApp, e UE pode ser a próxima
A polémica nova política de privacidade do WhatsApp está programada para entrar em vigor no dia 15 de maio em todo o mundo — exceto na Alemanha. 

O país tem vindo a examinar a nova política de privacidade do WhatsApp desde meados de abril, e um órgão de regulação de dados finalmente decidiu impor a proibição da revisão usando procedimentos introduzidos com o RGPD. 

Especificamente, a proibição foi aplicada pelo Comissário de Proteção de Dados e Liberdade de Informação de Hamburgo, Johannes Casper, que argumentou na terça-feira que as "disposições sobre transferências de dados estão espalhadas em diferentes níveis da política de privacidade, não são claras e difíceis de distinguir nas suas versões europeias e internacionais". 

Ele continuou a explicar como "o conteúdo é enganoso e mostra contradições consideráveis. Mesmo após análises atentas, não está claro quais as consequências da aprovação para os utilizadores. Além disso, o consentimento não é dado livremente, uma vez que o WhatsApp exige a aceitação das novas disposições como condição para o uso contínuo das funcionalidades do serviço." 

Uma vez que o procedimento de emergência que foi usado para impor a proibição só é eficaz por três meses, o Comissário de Hamburgo está agora a procurar levar o caso ao Conselho Europeu de Proteção de Dados, o que poderia levar a uma decisão legalmente vinculativa a nível europeu — potencialmente protegendo os residentes de todos os Estados-membros da nova política de privacidade. 

É até possível que o Facebook seja forçado a repensar sua política internacionalmente, mas, na pior das hipóteses, a mudança poderia apenas fraturar e dividir a internet. 

Como seria de esperar, o WhatsApp discorda dos comentários e pesquisas conduzidas pelo Comissário de Hamburgo. Um porta-voz do WhatsApp disse: 
A ordem da DPA de Hamburgo contra o Facebook é baseada num equívoco fundamental do propósito e efeito da atualização do WhatsApp e, portanto, não tem base legítima. A nossa recente atualização explica as opções que as pessoas têm para enviar mensagens a uma empresa no WhatsApp e fornece mais transparência sobre como coletamos e usamos os dados. Como as alegações da DPA de Hamburgo estão erradas, a ordem não afetará a continuação da implantação da atualização. Continuamos totalmente comprometidos em fornecer comunicações seguras e privadas para todos. 
Se não aceitares a nova política até 15 de maio, o WhatsApp reduzirá gradualmente a quantidade de recursos que tens acesso até que estejas completamente bloqueado, efetivamente forçando-te a aceitar o documento legal sem queres continuar a usar o serviço.
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